Desde que minha mãe faleceu, a frase “nunca mais é tempo demais” fica martelando na minha cabeça. Já pensei em tatuá-la, mas descobri que faz parte de uma música de um artista que não conheço. Então, deixei a ideia em pausa, mas a frase vai e volta na minha mente muitas vezes ao longo dos dias.
Saber que nunca mais verei essa pessoa em forma física, para encostar, sentir o calor, o cheiro, ouvir a voz, brigar, dar risada, passear, falar, silenciar ou simplesmente saber que ela existe no mesmo plano que eu, me fere profundamente.
São nos momentos mais corriqueiros e até mesmo bobos que a falta dilacera o peito.
Aprendi muita coisa nesse processo de luto. Muita coisa mesmo.
Percebi que, na minha família, a morte sempre foi um tabu e, consequentemente, cresci com um certo medo de morrer. Apesar de, aos quarenta anos, ter plena consciência de que é o nosso destino, ainda não consigo pensar muito sobre o assunto…
Pri, nunca mais é tempo demais mesmo. Por vezes, choro até no supermercado, sabe? Mas ainda estamos por aqui e seguimos fazendo o possível para honrar esse amor que eles deixaram no nosso peito e que transborda. Dói porque é amor Que presente termos sido amadas pelos nossos! Um beijo enorme!